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As ações da mineradora Vale (VALE3) operavam em alta nesta quarta-feira (30). Por volta das 10h10, os papéis subiam 7,86%, a R$ 46,10. Na segunda-feira (28), primeira sessão após o rompimento de uma barragem de rejeitos da companhia em Brumadinho (MG), as ações fecharam em queda de 24,52%. Já na terça-feira (29), os papéis tiveram alta de 0,85%.
Especialistas ouvidos pelo UOL disseram que as ações da Vale subiram na véspera devido a dois fatores: possibilidade de mudança na diretoria da empresa e oportunidade de lucrar com os papéis no futuro. Na noite de terça-feira, a mineradora divulgou um plano de ação que contempla investimentos de R$ 5 bilhões e corte de 10% na previsão de produção anual da Vale.
Também por volta das 10h10, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, avançava 1,48%, a 97.056,21 pontos, enquanto o dólar comercial registrava baixa de 0,12%, cotado a R$ 3,718 na venda. Na véspera, a Bolsa fechou com valorização de 0,2%, a 95.639,33 pontos e a moeda teve queda de 1,14%, a R$ 3,723.
O rompimento da barragem em Brumadinho despejou milhões de metros cúbicos de lama na região do Córrego do Feijão, destruindo instalações da Vale e arrasando uma comunidade local. Dezenas de pessoas morreram e há centenas desaparecidas.
A mineradora aprovou investimentos de R$ 5 bilhões para acabar com as barragens a montante, o mesmo sistema utilizado na estrutura que se rompeu em Brumadinho.
A companhia terá que parar a produção de minério de ferro nas áreas próximas das unidades situadas em Minas Gerais, com impacto de 40 milhões de toneladas de minério de ferro e 11 milhões de toneladas de pelotas ao ano, anunciou na terça-feira o diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman. Os 40 milhões de toneladas de minério de ferro representam 10% da previsão de produção da Vale.
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota da Vale para “BBB-” na noite de segunda-feira (28). O rebaixamento, segundo a Fitch, reflete a expectativa de que a companhia terá de arcar com pesados custos de reparação da tragédia.
Na terça-feira, foi a vez da Moody’s colocar a nota da mineradora em perspectiva negativa, ou seja, com possibilidade de rebaixamento em breve. O mesmo já havia sido feito pela S&P no último sábado (26).
O desastre de Brumadinho criou incertezas para o mercado de minério de ferro da China, em um momento em que a procura produto brasileiro está aumentando, disseram vários operadores chineses nesta segunda-feira. A Vale é a maior produtora mundial de minério de ferro com baixo teor de alumínio, o preferido das usinas chinesas devido ao seu baixo nível de impureza.
O rompimento da barragem no Córrego do Feijão é o segundo incidente em uma mina da Vale desde 2015, quando uma barragem de rejeitos em uma mina da Samarco se rompeu e causou o maior desastre ambiental da história da mineração no país. A Vale é uma das donas da Samarco, junto com a australiana BHP Billiton.
Nesta quarta-feira, os preços do minério de ferro na China subiram fortemente para o maior nível em quase 17 meses, após a mineradora brasileira anunciar que terá uma redução na produção.
(Com Reuters)
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