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A crise com o ministro Gustavo Bebianno foi desgastante, mas está encerrada. Demorou mais do que deveria, deixou cicatrizes, mas terminou.
Prova disso é que houve poucas mudanças nas expectativas macroeconômicas para 2019, conforme os últimos dados da Pesquisa Focus do Banco Central.
O dólar está estável, com ou sem Bebianno. A previsão para a taxa de câmbio no fim de 2019 se manteve em R$ 3,70 por dólar. Para o fechamento de 2020, também se manteve em R$ 3,75 por dólar. Isso com o ex-ministro Bebianno sendo fritado no fogo alto.
Poucas vezes nas últimas décadas no Brasil, as expectativas inflacionárias estiveram tão bem comportadas. A projeção de inflação passou de 3,88% para 3,86%, abaixo com folga da meta de 4,25% e consistente com uma taxa básica de juros (a Selic) estável, de 6,5%.
O mercado está cauteloso em relação ao crescimento do PIB neste ano. A previsão da Pesquisa Focus sofreu uma ligeira queda: de 2,5% para 2,48%. Já para 2020, a previsão subiu de 2,5% para 2,58%. Se tais previsões se confirmarem, a economia voltaria ao nível em que se encontrava antes da crise em cerca de dois anos, em 2021.
Crescer é importante para gerar empregos e aumentar a chance de recolocação das quase três milhões de pessoas que perderam emprego durante a recessão de 2015/16. Mas para crescer mais rápido será necessário avançar nas reformas, a começar pela da previdência.
Se a intensidade das crises políticas pudessem ser medidas pela escala Richter, como se faz em relação aos terremotos, a crise Bebianno seria de intensidade dois, um mero tremor de terra.
O mercado quer saber qual a chance de aprovação da reforma da Previdência. Se houver um impasse nesta questão, aí sim, prepare-se para um terremoto com grande poder de destruição da economia.
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