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A recuperação econômica continua, mas poderia ser mais vigorosa não fosse a insegurança jurídica do país. O problema se torna mais grave pela sucessão de decisões desencontradas de ministros do Supremo.
A última pérola foi a liminar do ministro Ricardo Lewandowski que suspendeu a medida provisória que adiava, de 2019 para 2020, o reajuste de salários de servidores públicos federais.
Na prática isso resulta no pagamento de salários maiores já a partir de janeiro, onerando o orçamento do próximo ano em montante estimado de R$ 4,7 bilhões.
Difícil imaginar algo mais inoportuno em um momento de rombo nas contas públicas da ordem de R$ 139 bilhões.
Foi mais uma decisão monocrática de ministro do STF que não levou em consideração as condições da economia.
A máquina estatal é muito inchada, com sobreposição de atividades e baixíssima eficiência. Com certeza há categorias que precisam de reposição salarial. Mas isso deve ser feito com critério e no contexto de ampla reforma administrativa, na qual o efeito final deve ser o de poupar o dinheiro do contribuinte e não o de gastar mais.
Para além das consequências fiscais, decisões como a do ministro Lewandovski afetam negativamente as expectativas, desestimulando as empresas a investir mais e contratar mão de obra.
Apesar de tudo, os dados de emprego do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho) registraram uma geração líquida de 58.664 postos de trabalho, representando o melhor novembro desde 2010.
No entanto, tal número ainda está longe do nível de recuperação necessária para diminuir o drama do desemprego que afeta diretamente 27 milhões de brasileiros e indiretamente quase metade da população.
Será necessário mais responsabilidade fiscal para debelar o rombo das contas públicas e mais segurança jurídica para enfrentar este drama social. Uma vez mais, o STF esteve aquém do que se espera de uma Corte Suprema para ajudar o país a retomar o caminho do desenvolvimento.
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