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Córneas, globos oculares, fígados e corações usados em transplantes são transportados com urgência e de graça nas cabines dos pilotos de aviões comerciais.
As companhias aéreas brasileiras transportaram em 2018 5.100 órgãos para transplantes, além de mais de 3.600 itens como insumos e equipes médicas. Desde 2001, as empresas têm um convênio com o Ministério da Saúde para prestar esse tipo de serviço de graça. Esse número representa 79,6% do total de órgãos transportados no país.
Segundo a Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas), no ano passado foram feitos 4.495 voos com algum tipo de apoio para transplantes no país. As companhias aéreas transportaram:
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Além dos órgãos e tecidos, as empresas aéreas também fazem o transporte de equipes médicas e material auxiliar, como insumos para as cirurgias.
Segundo Ronaldo Jenkins, diretor de segurança e operações de voo da Abear, o transporte de órgãos não gera custos adicionais às companhias aéreas.
Só Força Aérea Brasileira fazia o serviço
O acordo entre as companhias aéreas e o Ministério da Saúde foi feito em 2001 com a intenção de aproveitar a malha aérea brasileira para o transporte de órgãos e tecidos necessários para transplantes.
Até então, a Força Aérea Brasileira tinha a responsabilidade exclusiva por esse transporte, que era feito em aviões militares e com a contratação de aeronaves particulares.
Atualmente, fazem parte do acordo todas as empresas aéreas associadas da Abear: Gol, Latam, Azul, Avianca, Passaredo e Map.
Assim que um órgão está disponível para transplante, a Central Nacional de Transplante informa o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, departamento que controla todos os voos no Brasil. “Lá, se verifica qual o melhor voo para que aquele órgão chegue onde há a necessidade do transplante”, afirmou Jenkins.
Avião com órgão tem prioridade
O avião que transporta um órgão ou tecido para transplante tem prioridade sobre as demais aeronaves em todas as etapas do voo.
Dentro do avião, os itens necessários, como órgãos e outros insumos, para o transplante viajam dentro da cabine de comando, junto com os pilotos. “É assim porque a cabine de comando é inviolável e viaja com a porta travada. É uma questão de segurança esse órgão ficar na cabine”, disse. Eles são transportados em caixas apropriadas.
Ao pousar no destino final, as autoridades aeroportuárias também já estão preparadas para retirar o órgão com agilidade do avião para que seja encaminhado ao hospital onde será feito o transplante. “É o primeiro item a ser retirado da aeronave. Há sempre uma pessoa do Ministério da Saúde aguardando para levar esse órgão imediatamente”, afirmou.
Quando não há voos comerciais disponíveis para o transporte de um órgão para transplante, o serviço continua sendo feito pela FAB, por aviões particulares ou mesmo por terra ou pelo pelos Correios. Em 2018, as companhias aéreas foram responsáveis pelo transporte de 79,6% dos órgãos para transplante no país.
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