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Uma das maiores e mais importantes empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), a Vale é controlada por fundos de pensão, como Previ, bancos públicos e privados, como Bradesco, além de investidores estrangeiros. A companhia passa por uma das maiores crises, após o desastre ambiental em Brumadinho (MG), com o rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração.
O principal acionista da Vale é a Litel Participações, com 20,98% das ações, uma empresa criada pelos fundos de pensão dos empregados do Banco do Brasil (Previ), da Caixa Econômica Federal (Funcef), da Petrobras (Petros) e da Cesp (Funcesp).
Somente a Previ tem 17,55% das ações da Vale e é responsável por indicar quatro membros do conselho de administração da companhia. Entre eles estão o presidente do colegiado, Gueitiro Matsuo Genso, e o ex-ministro da Fazenda Eduardo Guardia.
É comum em todo o mundo que fundos de pensão sejam acionistas relevantes de grandes empresas. Isso ocorre porque as entidades fechadas de previdência complementar precisam multiplicar o dinheiro que recebem dos participantes para garantir as aposentadorias futuras.
Com isso, buscam ações de companhias sólidas e que paguem dividendos (remuneração por ação) com frequência.
Entretanto, como são fundos de pensão de empresas públicas e os dirigentes são escolhidos com o aval do presidente da República, o governo passa a ter ingerência indireta no controle da companhia.
Além dos fundos de pensão, o BNDESPar, empresa de investimentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), é o segundo maior acionista da Vale, com 7,6%, segundo dados da própria B3.
A Bradespar, empresa de investimentos do Bradesco, é a terceiro maior acionista individual da Vale, com 6,3%. A companhia tem dois assentos no conselho de administração da mineradora, entre eles, o do vice-presidente do colegiado, Fernando Jorge Buso Gomes.
A gestora global de investimentos BlackRock é a quarto maior acionista da Vale, com 5,98% das ações. Além das ações negociadas na B3, a Vale possui papéis negociados na Bolsa de Valores de Nova York, conhecidos como ADRs.
Além do controle indireto da Vale por meio dos fundos de pensão e do BNDES, o Tesouro Nacional é dono de golden shares da Vale. Essas são ações especiais que garantem poder de veto em decisões relevantes da companhia.
O governo pode vetar mudanças da sede da companhia, na denominação social, no objeto social relativo à exploração de jazidas minerais, na liquidação da empresa e na venda ou encerramento das atividades de exploração de minério de ferro.
Procurada, a Bradespar afirmou que não se manifestaria sobre o assunto. Em fato relevante publicado nesta segunda-feira (28), a companhia afirmou que acompanha como a decisão da Vale de suspender o pagamento de dividendos afetará os acionistas.
A Previ informou em nota que está profundamente sensibilizada com o acidente de Brumadinho e solidária com as vítimas e familiares. “Como acionistas da Vale, estamos nos certificando de que a companhia está dando todo o suporte possível para os atingidos, bem como adotará providências para apurar os motivos do acidente”, diz a nota
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